quinta-feira, 24 de maio de 2012

Propriedades Nutricionais do Vinho

O VINHO só tem capacidade terapêutica quando administrado na dose certa.Qualquer quantidade a mais o tornará prejudicial tendo em vista ser alcóolico.
O álcool em excesso prejudica o organismo, roubando elementos nutritivos a serem absorvidos, além de promover sua dependência cujos danos são desastrosos, tanto psicologicamente, quanto socialmente.
Uma pessoa é saudável quando tem um equilíbrio físico, mental e social.

O vinho pode ser considerado um alimento funcional.
Alimento funcional é aquele que possui substâncias boas ao organismo podendo evitar doenças.
Da uva associada ao álcool decorrente da fermentação do mosto, tem-se então o sagrado vinho.Classicamente, o vinho é definido como uma bebida resultante da fermentação alcoólica do mosto (suco) de uva, contendo geralmente de 10 a 15 % de álcool, podendo alcançar até cerca de 20% no caso dos chamados vinhos fortificados ( vinho do Porto, Jerez e outros).
Suas propriedades medicinais hoje são consideradas inclusive por cardiologistas, que têm recomendado a bebida com freqüência, principalmente para as pessoas com idade acima da faixa etária de 30 anos quando o risco de doenças cardiovasculares aumenta. O vinho pode ser responsável pela elevação das lipoproteínas de alta densidade (HDL) no sangue, o que na linguagem popular significa o "bom colesterol", além de diminuir a agregação das plaquetas nas paredes internas dos vasos sanguíneos, associados aos dois efeitos do produto o resultado será sempre benéfico à proteção do aparelho cardiovascular. "Está provado que ao ser consumido moderadamente, o vinho diminui os riscos de doenças coronarianas (infartos), além de prevenir a ação de tromboses, derrames e acidentes vasculares cerebrais isquêmicos".
O "paradoxo francês" da medicina, que faz cientistas questionarem como esta população pode ter menos cânceres e doenças cardiovasculares apesar da dieta rica em gorduras, pode ser explicado por uma substância química presente no vinho tinto, que os franceses consomem em boas quantidades, segundo um estudo da revista Câncer Research.

Hoje instituições que são muito severas nos seus critérios científicos, como o FDA [Food and Drug Administration], AHA [American Hart Association], SBH [Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial] e NSA [National Stroke Association] reconhecem que as pessoas que não têm contra-indicação a ingesta de bebidas alcoólicas, e que bebem vinho com moderação, regularmente e durante as refeições, tem benefícios para a saúde.


Médicos da Antiguidade e Vinhos:

- Hipócrates exaltava suas propriedades terapêuticas. Naquela época, o vinho era usado para tratar asma, icterícia, depressão, ferimentos e doenças de pele. Era também usado como anti-séptico.
“O vinho é uma coisa maravilhosamente apropriada ao homem, tanto na saúde como na doença, se bebido com moderação e na medida exata, conforme a constituição de cada indivíduo.”
Hipócrates (460-367 a.C. ) – o Pai da Medicina


- Platão recomendava-o aos idosos para “diminuir o amargor da velhice”.
"Moderadamente bebido, o vinho é medicamento que rejuvenesce os velhos,
cura os enfermos e enaltece os pobres." Platão [427 a. C. - 347 a. C.]


- Pasteur (o pai da moderna vinificação) considerava o vinho uma das bebidas mais puras e higiênicas.

- Registros históricos mostram que o uso medicinal do vinho pelo homem data de mais de 2.000 anos. Importantes civilizações do mundo ocidental como os egípcios, os gregos e os romanos e do mundo oriental, como os hindus, se utilizaram do vinho como um remédio para o corpo e para a alma. Outros médicos eminentes da antiguidade como Galeno e Celsius também exaltaram as propriedades medicinais do vinho e adiantaram uma interpretação razoavelmente correta dos seus mecanismos de ação.
- O primeiro livro de vinho é o LIBER DE VINIS, de Arnaldus de Villanova (médico espanhol ou catalão), que continha as seguintes dicas: 1- vinho com língua de boi- bom para a demência; 2- vinho com alecrim- corrige o apetite, anima a alma, retifica os tendões, embeleza o rosto e faz crescer cabelos.

O Resveratrol

O Resveratrol, um dos cerca de 200 polifenóis já identificados no vinho e o mais estudado. Tem uma ação varredora de radicais livres 10.000 vezes superior ao Tocoferol (Vitamina E). Por essa impressionante ação antioxidante é fácil de entender o efeito protetor que o vinho desempenha sobre todos os processos naturais de envelhecimento.
A uva preta, principalmente a casca, tem grande concentração dessas substâncias que são, na verdade, o seu mecanismo de defesa contra as pragas, insetos e fungos. Como entram na composição do vinho, elas repassam esse benefício para o mesmo que, por sua vez, através da ação do álcool que ele contém, permitiria a conservação dos polifenóis e sua melhor absorção.

Nos EUA, suplementos alimentares que contém resveratrol já são vendidos, o que não ocorre no Brasil por uma diferença na legislação. Os suplementos alimentares no País têm de passar por testes clínicos, enquanto nos EUA basta provar que não têm toxicidade.

A descoberta do resveratrol não é recente. Em 1946, ele foi isolado a partir de uma planta asiática chamada Polygonum cuspidatum. Por volta da década de 1980, observou-se que a molécula estava presente também no vinho.


O Cromo e silício

O vinho possui cromo e silício , que também têm ação benéfica na limpeza das paredes das artérias. Como estas duas substâncias permanecem na corrente sangüínea apenas por 24 horas, para que elas possam ter efeito protetor é necessário consumir vinho diariamente. Para os idosos, por exemplo, além da melhora de qualidade de vida, o vinho também proporciona melhor digestão e sono, além de bom humor.
Podemos citar como efeito benéfico do cromo, o metabolismo da glicose, dos lipídeos e da insulina e atribuir ao elevado teor de Cr no vinho, o menor risco de DCI (Doenças cardíacas isquêmicas) nos consumidores moderados dessa bebida.
O silício é elemento importante para os tecidos conjuntivos presente em várias partes do organismo humano. O silício está envolvido na formação do colágeno e calcificação dos tecidos ósseos e paredes de vasos sanguíneos. Este elemento protege unhas, cabelos, pele e tecidos de sustentação entre um órgão e outro. Assim, associa-se a questão da idade.Nos países com consumo regular de vinho a maior ingestão de silício pode ser um dos fatores que contribuem para diminuir também a incidência de doenças cardiovasculares.

Vinho tinto, branco ou suco de uva?
Muitas pessoas não toleram álcool. Com razão existem aqueles que perguntam: Seria o vinho ou a uva? Não posso tomar apenas o suco de uva e me beneficiar de suas qualidades?
As uvas escuras são boas para a saúde da mesma forma que o vinho, tendo o mesmo poder antioxidante contra as doenças, devido à presença das substâncias que protegem o coração. Essas substâncias encontradas na uva, e no suco de uva, têm mostrado que também, como o vinho, previne a oxidação do chamado colesterol ruim, LDLs ou Lipoproteínas de Baixa (Low) Densidade que levam à formação de placas de aterosclerose nas paredes das artérias.
Em um estudo publicado em 1999 no jornal médico Circulation, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Wisconsin, Madison, pediram à quinze pacientes cardiopatas, incluindo pacientes com artérias estreitadas por placas de colesterol, que bebessem um copo grande de suco de uva por dia. Após quatorze dias, os exames de sangue revelaram que a oxidação do LDL Colesterol destes pacientes estava reduzido de forma significativa. Os exames de ultra-som mostraram mudanças nas paredes das artérias, indicando melhor circulação arterial.
O suco de uva também pode reduzir o risco da doença arterial que leva ao infarto do miocárdio de acordo com a médica Jane Freedman, pesquisadora da Universidade de Georgetown.
É necessário ter atenção que para se ter o aproveitamento da uva é preciso comer casca e bagaço e higienizar devidamente devido a presença muitas vezes de agrotóxicos. O suco de uva não poderá ser carregado no açúcar.
Além disto, os sucos artificiais possuem alta concentração de sódio em sua formulação, que deve ser evitado ou utilizado em demasia.
Os sucos de uva orgânicos mesmo que engarrafados são os mais recomendáveis.
Ou um suco natural, feito em casa a partir da própria fruta, que poderá ser um tanto difícil na prática.
Que tal uma taça de vinho hoje?

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Morango protege estômago de danos do álcool


Mucosa de animais que ingeriram extrato da fruta teve menos lesões, diz pesquisa.

Uma equipe de pesquisadores italianos, sérvios e espanhóis confirmou o efeito protetor dos morangos no estômago de um mamífero prejudicado pelo álcool, informou nesta segunda-feira, 24, a Universidade de Granada, na Espanha, que participou do estudo.

Os cientistas forneceram etanol (álcool etílico) para cobaias de laboratório e comprovaram que a mucosa gástrica daquelas que tinham ingerido previamente extrato de morango sofria menos lesões.

A pesquisadora da Universidade de Barcelona e co-autora do trabalho Sara Tulipani explicou que os efeitos positivos dos morangos são associados à capacidade antioxidante, que ativa as próprias enzimas e defesas do organismo.

As conclusões do trabalho mostram que uma dieta rica em morangos pode exercer um efeito benéfico na prevenção de doenças gástricas, de modo que esta fruta poderia atenuar a formação de úlceras estomacais em humanos.

A gastrite ou inflamação da mucosa do estômago além de se relacionar com o consumo de álcool, também pode ser gerada por infecções e pela ação de remédios antiinflamatórios não-esteroides (como a aspirina).

"Nestes casos ingerir morangos durante ou depois da patologia poderia aliviar a lesão na mucosa gástrica", sugeriu Maurizio Battino, coordenador do grupo de pesquisa da Universidade Politécnica da Marche, na Itália.

A equipe detectou menos úlceras nos estômagos dos ratos que, antes de receber o álcool, tinham ingerido durante dez dias extrato de morangos (40 miligramas ao dia por quilo de peso).

Segundo Battino, o trabalho não foi desenvolvido para atenuar os efeitos de uma bebedeira, mas para encontrar moléculas protetoras da mucosa gástrica.