quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Saiba como organizar os alimentos na geladeira

GAVETA SUPERIOR

Nunca lave a carne antes de guardá-la. E não confie nos seus olhos. Nem sempre alteração de cor indica contaminação: a carne na geladeira fica mais escura por falta de oxigênio. Por outro lado, um filé contaminado pela bactéria Escherichia coli tem aparência normal.



1ª PRATELEIRA

Não guarde o iogurte com a colher que você usou, ou as bactérias da sua boca farão a festa. Ovos não vão na porta, para evitar a variação térmica. Não lave-os antes de guardar, pois a água pode retirar a proteção natural presente na casca, lave-os sim antes do preparo. Sobras devem ser tampadas só depois de esfriar a fim de evitar contaminação.



2ª PRATELEIRA

Latas podem sofrer contaminação nos supermercados e oxidar, por isso, coloque os enlatados em potes. Molho de tomate é muito perecível e deve ser consumido de uma só vez ou congelado - não deixe restos na geladeira. Não guarde o leite por muito tempo, pois ele absorve o cheiro dos outros alimentos.



GAVETA

Lave as folhas em água corrente e descarte as estragadas. Os vegetais e hortaliças devem ser guardados em sacos próprios para acondicionamento ou recipientes forrados com papel-toalha. Para evitar que murchem faça furinhos espalhados no saco plástico.



PORTA DA GELADEIRA

Lugar de vinagre é na geladeira. Em temperatura ambiente, ele pode sofrer contaminação de bactérias. Água vai num recipiente fechado e de vidro. Não guarde os ovos na porta da geladeira, acomode-os na prateleira.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O que é Diabetes e quais os tipos?


O Diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.

Tipo 1: causado pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a esse hormônio. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.

Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina. Ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.
 
 
Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.

Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística etc.); defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos etc.).

 

Principais sintomas do diabetes tipo 1

  • vontade de urinar diversas vezes
  • fome freqüente
  • sede constante
  • perda de peso
  • fraqueza
  • fadiga
  • nervosismo
  • mudanças de humor
  • náusea e vômito.

Principais sintomas do diabetes tipo 2:

  • infecções freqüentes
  • alteração visual (visão embaçada)
  • dificuldade na cicatrização de feridas
  • formigamento nos pés e furúnculos.


O tratamento é baseado em cinco conceitos:
  • Conscientização e educação do paciente, sem a qual não existe aderência.
  • Alimentação e dieta adequada para cada tipo de diabetes e para o perfil do paciente.
  • Vida ativa, mais do que simplesmente exercícios.
  • Medicamentos:
    • Hipoglicemiantes orais
    • Insulina
  • Monitoração dos níveis de glicose e hemoglobina glicada

 Fonte : - Sociedade Brasileira do Diabetes - SBD e Internacional Diabetes Federation - IDF. 2006.
Glicemia (tempo) Valores de referência
mg%
Pré-diabetes
mg%
Diabetes Mellitus
mg%
DM gestacional
mg%
Jejum de 12h 70 a 99 100 a 125 maior ou igual a 126 maior ou igual a 126
2h após 75g de glicose por via oral menor que 140 140 a 199 maior ou igual a 200 maior ou igual a 140


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cãibra, e agora?

Apesar de existirem muitas causas para cãibras musculares, grandes perdas de sódio e líquidos costumam ser fatores essenciais que predispõem pilotos a cãibras musculares. O sódio é um mineral importante na iniciação dos sinais dos nervos e ações que levam ao movimento nos músculos. Por isso, um déficit desse elemento e de líquidos pode tornar os músculos sensíveis. Sob tais condições, uma leve tensão e um movimento subseqüente podem fazer o músculo se contrair e se contorcer incontrolavelmente.

Dada a popularidade de dietas com pouco sódio, um déficit de sódio não está fora de questão quando umindivíduo está suando em taxas altas, particularmente nos meses quentes do ano. Lanches salgados ou um pouco mais de sal vão ajudar a repor o mineral. Consumir isotônicos que contêm uma quantidade adequada de sódio também é uma maneira sutil de repor o mesmo.

A maioria contém por exemplo, 90 mg de sódio por 200 ml, a mesma quantidade de sódio de um copo de leite ou fatia de pão. Esta é uma quantidade que ajuda a repor o mineral perdido e ainda atende aos padrões da FDA – Food and Drug Administration, dos Estados Unidos, para alimentos com baixo teor de sódio.

As quantidades de potássio, cálcio e magnésio no suor são baixas se comparadas com as de sódio e cloreto. Além disso, potássio, magnésio e cálcio são facilmente repostos com dieta. Consequentemente, um déficit desses minerais é raro.

Mas atenção, a falta de cálcio têm sido apresentada como um dos fatores importantes para o aparecimento de cãibras. Assim como o sódio, ele tem papel decisivo na contração muscular e sua falta pode prejudicar todo o mecanismo, gerando contrações involuntárias.

Qualquer que seja o motivo causador das cãibras, elas são doloridas, podem prejudicar a performance e até levar a lesões mais graves como estiramentos. Portanto, o ideal é tentar evitá-las. Para isso, aqui vão algumas dicas:

- Beba muito líquido antes, durante e depois do exercício.

- Consuma bebidas isotônicas após treinos longos e cansativos para garantir a reposição dos minerais perdidos no suor.

- Consuma frutas e verduras variadas durante o dia. Somente com a ingestão de vitaminas e minerais garante o equilíbrio dessas substâncias no organismo.

- Não esqueça de alongar-se adequadamente após os treinos.

- Descanse o tempo suficiente depois de um treino forte.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O que tem na cerveja???

A cerveja é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada, e acredita-se que tenha sido uma das primeiras bebidas alcoólicas a serem desenvolvidas pelo ser humano.
Via de regra, as cervejas são feitas com água, cevada maltada e lúpulo, fermentados por levedura. A adição de outros condimentos ou fontes de açúcar não é incomum.
A cerveja é resultado da fermentação alcoólica preparada de mosto de algum cereal maltado, sendo o melhor e mais popular a cevada.
A água corresponde a aproximadamente 90% na composição da cerveja. Mas não importa de qual localidade ela venha, pois a água utilizada nas atuais cervejarias passa por um processo de “preparação”, que a transforma em água cervejeira. Essa tecnologia, aliada a rígidos controles de qualidade, fazem com que o líquido usado em qualquer fábrica seja igual. Antigamente, a origem dessa água e as suas características tinham um efeito importante na qualidade da cerveja, influenciando, por exemplo, o seu sabor. Muitos estilos de cerveja foram influenciados ou até mesmo determinados pelas características da água da região.
Dentre os maltes, o de cevada é o mais frequente e largamente usado devido ao seu alto conteúdo de enzimas, mas outros cereais maltados ou não maltados são igualmente usados, inclusive: trigo, arroz, milho, aveia e centeio.
A introdução do lúpulo foi relativamente recente na sua composição. Acredita-se que tenha sido introduzido apenas há umas poucas centenas de anos atrás. Usa-se a flor do lúpulo para acrescentar um gosto amargo que equilibra a doçura do malte e possui um efeito antibiótico moderado que favorece a atividade da levedura de cerveja em relação a organismos menos desejados durante a fermentação como os frequentemente encontrados em corpos em decomposição ou fezes de animais. As leveduras, nesse processo, metabolizam os açúcares extraídos dos cereais, produzindo muitos compostos, incluindo o álcool e dióxido de carbono. Dezenas de estirpes de fermentos naturais ou cultivados são usados pelos cervejeiros, sendo, de um modo geral, sortidos por três gêneros: ale ou de fermentação alta, lager ou de baixa fermentação, e leveduras selvagens.
As cervejas costumam ter entre 4 a 5% de teor alcoólico, ainda que este possa variar consideravelmente conforme o estilo e o cervejeiro. De fato, existem cervejas com teores alcoólicos desde 2% até mais de 20%.
Uma latinha tem em média 150 kcal.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O que é Alergia Alimentar?

A Alergia Alimentar é uma reação adversa a determinado alimento. Envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrointestinal e respiratório. As reações podem ser leves com simples coceira nos lábios até reações graves que podem comprometer vários órgãos. A Alergia Alimentar resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos.

O que é Reação Adversa a Alimentos?
É qualquer reação indesejável que ocorre após ingestão de alimentos ou aditivos alimentares. Estas podem ser classificadas em reações tóxicas e não-tóxicas. As reações não-tóxicas podem ser de Intolerância ou Hipersensibilidade.
Exemplo de reação não-alérgica são as reações por ingestão de alimentos contaminados por microorganismos. Estas se apresentam agudamente com febre, vômitos, diarréia e geralmente acometem várias pessoas que ingeriram os alimentos contaminados.

A Intolerância à Lactose é uma reação alérgica?
A intolerância à lactose é uma desordem metabólica onde a ausência da enzima lactase no intestino determina uma incapacidade na digestão de lactose (açúcar do leite) que pode resultar em sintomas intestinais como distensão abdominal e diarréia. Esta intolerância geralmente é dose dependente e o indivíduo pode tolerar pequenos volumes de leite por dia ou se beneficiar dos leites industrializados com baixos teores de lactose. Portanto, a Intolerância à Lactose não é uma Alergia Alimentar apesar de frequentemente confundida pelos familiares e profissionais de saúde. Torna-se importante esta diferenciação, pois a orientação nutricional é distinta. Enquanto na intolerância à lactose, eventualmente, é possível ingerir pequenas quantidades de leite, na Alergia às proteínas do leite, a alimentação não deve conter leite ou derivados.

Quais os fatores envolvidos na Alergia Alimentar?
A predisposição genética, a potência antigênica de alguns alimentos e alterações a nível do intestino parecem ter importante papel. Existem mecanismos de defesa principalmente a nível do trato gastrintestinal que impedem a penetração do alérgeno alimentar e conseqüente sensibilização. Estudos indicam que de 50 a 70% dos pacientes com Alergia Alimentar possuem história familiar de alergia. Se o pai e a mãe apresentam alergia, a probabilidade de terem filhos alérgicos é de 75%.

Quais os alimentos mais frequentemente envolvidos na Alergia Alimentar? 
Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica. No entanto, leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe e crustáceos são os mais envolvidos. A sensibilização a estes alimentos (formação de anticorpos IgE) depende dos hábitos alimentares da população. O amendoim, os crustáceos, o leite de vaca e as nozes são os alimentos que com maior freqüência provocam reações graves (anafiláticas).
Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo individuo. O paciente alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Da mesma forma, pacientes alérgicos ao amendoim podem também apresentar reação ao ingerir a soja, ervilha ou outros feijões.

E quanto aos corantes e aditivos alimentares? 
As reações adversas aos conservantes, corantes e aditivos alimentares são raras, mas não devem ser menosprezadas. O corante artificial tartrazina (FD&C amarelo#5), sulfitos e glutamato monossódico são relatados como causadores de reações. A tartrazina pode ser encontrada nos sucos artificiais, gelatinas e balas coloridas enquanto o glutamato monossódico pode estar presente nos alimentos salgados como temperos (caldos de carne ou galinha). Os sulfitos são usados como conservantes em alimentos (frutas desidratadas, vinhos, sucos industrializados) e medicamentos tem sido relacionados a crises de asma em indivíduos sensíveis.

Quais as principais manifestações clínicas da Alergia Alimentar? 
São mais comuns as reações que envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira, eczema), o aparelho gastrintestinal (diarréia, dor abdominal, vômitos) e o sistema respiratório, como tosse, rouquidão e chiado no peito. Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente (Reação Anafilática), também podem ocorrer.
Nas crianças pequenas, pode ocorrer perda de sangue nas fezes, o que vai ocasionar anemia e retardo no crescimento. Sintomas nasais isolados não são comuns.

O que é Reação Anafilática?
É uma reação súbita, grave que impõe socorro imediato por ser potencialmente fatal. A Reação Anafilática pode ser provocada por medicamentos, venenos de insetos e alimentos. Na Alergia Alimentar, o alimento induz a liberação maciça de substâncias químicas que vai determinar um quadro grave de resposta sistêmica associado à coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular ("choque anafilático").

O exercício físico pode provocar reação anafilática? 
Exercício físico pode provocar reação anafilática muito raramente. Associação de ingestão de alimento e exercício físico extenuante também tem sido observada.

O que é Síndrome de Alergia Oral?
É uma manifestação de Alergia Alimentar que ocorre após contato de determinados alimentos com a mucosa oral. As manifestações ocorrem imediatamente após contato do alimento com a mucosa da boca, ocasionando coceira e inchaço nos lábios, palato e faringe. O edema de glote não é freqüente. Ocorre principalmente em pacientes com alergia aos pólens e os alimentos mais frequentemente envolvidos são: melão, melancia, banana, maçã, pêssego, cereja, batata, cenoura, ameixa, amêndoa, avelã e aipo.

Como fazer o diagnóstico de Alergia Alimentar?
O diagnóstico depende de história clínica minuciosa associada a dados de exame físico que podem ser complementados por testes alérgicos.
Na história clínica, é fundamental que o paciente ou seus pais, no caso das crianças, auxilie fornecendo detalhes sobre os alimentos ingeridos rotineiramente ou eventuais. Em algumas situações é possível correlacionar o surgimento dos sintomas com a ingestão de determinado alimento. Em outras ocasiões o quadro não é tão evidente, necessitando de história mais detalhada. Isso ocorre principalmente quando as reações ocorrem horas após a ingestão do alérgeno.
A Alergia Alimentar ocorre mais frequentemente nas crianças pequenas onde o leite de vaca e o ovo são os alimentos mais comuns. Apesar de muitas vezes incriminado (pelos pais e avós) como causa de Alergia Alimentar, o chocolate raramente causa alergia. Nestes casos, se torna necessário pesquisar alergia às proteínas do leite de vaca ou da soja, usadas em sua fabricação. Nos adultos, o camarão é queixa freqüente em nosso meio.

Qual a importância da Alergia Alimentar na Dermatite Atópica?
Segundo alguns autores, a Alergia Alimentar está presente em 38% das crianças com Dermatite Atópica moderada/grave.
A Dermatite Atópica se apresenta com um quadro de coceira de intensidade moderada a grave, irritabilidade, escoriações provocadas pelo ato de coçar a pele, ressecamento generalizado da pele e eczema simétrico nas dobras dos cotovelos e joelhos, pescoço, face e superfície extensora dos braços e pernas. Os alimentos mais envolvidos são o leite de vaca, ovo, soja, trigo.

O que é o teste alérgico?
É um método diagnóstico seguro e geralmente indolor. Deve ser realizado pelo médico especialista que após história clínica e exame físico, determinará quais substâncias podem ter importância no quadro clínico e, portanto, deverão ser avaliadas. O desconforto pode ocorrer pelo prurido (coceira) localizado à área do teste, no caso da reação positiva.
Na maioria das vezes é realizado no antebraço após higiene local com algodão e álcool. O resultado é obtido em 15 a 20 minutos e a reação positiva consiste na formação de uma pápula vermelha, semelhante à uma picada de mosquito. Esta reação indica presença de IgE específica ao alimento testado. Algumas vezes torna-se necessário realizar o teste com o próprio alimento in natura .
Em algumas situações, o teste cutâneo deve ser substituído pela dosagem de IgE específica no sangue. São elas: necessidade de uso diário de anti-histamínicos (antialérgicos), não disponibilidade de material para teste, presença de eczema severo ou história sugestiva de reação intensa (reação anafilática) a determinado alimento. Muitas vezes o alergista realiza as duas formas de avaliação para ter maior segurança no diagnóstico.

Como tratar a Alergia Alimentar?
Até o momento, não existe um medicamento específico para prevenir a Alergia Alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas (crise) sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante. As orientações devem ser fornecidas por escrito visando a substituição do alimento excluído e evitando-se deficiências nutricionais até quadros de desnutrição importante principalmente nas crianças. O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeou a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga, soro, lactoalbumina ou caseinato apontam para a presença de leite de vaca. Todas as orientações devem ser fornecidas aos pacientes e familiares.

O que fazer caso venha ocorrer a ingestão acidental do alimento?
A exclusão de um determinado alimento não é tarefa fácil e a exposição acidental ocorre com certa freqüência. Os indivíduos com Alergia Alimentar grave (reação anafilática) devem portar braceletes ou cartões que os identifiquem, para que cuidados médicos sejam imediatamente tomadas. As reações leves desaparecem espontaneamente ou respondem aos anti-histamínicos (antialérgicos). Pacientes com história de reações graves devem ser orientados a portar medicamentos específicos (adrenalina), mas torna-se obrigatório uma avaliação em serviço de emergência para tratamento adequado e observação, pois em alguns casos pode ocorrer uma segunda reação, tardia, horas após.

O paciente que apresenta reação a determinado alimento poderá um dia voltar a ingeri-lo?  
Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos (ovos, leite de vaca, trigo e soja) que lhes provoca alergia alimentar entre os 3-5 anos de idade. O teste cutâneo permanece positivo apesar do aparecimento da tolerância ao alimento. A sensibilidade ao amendoim, nozes, peixe e camarão raramente desaparece.
Em alguns casos, principalmente nas crianças, a exclusão rigorosa do alimento parece promover a diminuição da alergia. O alimento deve permanecer suspenso por aproximadamente 6 meses. Após este período o médico especialista poderá recomendar uma reintrodução do alimento e observar os sintomas. Se o indivíduo permanecer assintomático e conseguir ingerir o alimento, o mesmo pode ser liberado. Caso ocorra qualquer sintoma, a dieta de eliminação deve ser mantida. A presença de reação alérgica grave, como a anafilaxia ao amendoim, contra-indica esta reintrodução. Nos pacientes altamente sensibilizados, a presença de quantidades mínimas do alimento pode desencadear reação de extrema gravidade.

Existe algum meio de prevenir a Alergia Alimentar? 
Algumas orientações devem ser dadas aos recém-nascidos de pais ou irmãos atópicos. O estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida é fundamental assim como a introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia. Recomenda-se a introdução dos alimentos sólidos após o 6º mês, o leite de vaca após 1 ano de idade, ovos aos 2 anos e amendoim, nozes e peixe, somente após o 3º ano de vida.


Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia - 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Que tal um churrasco magrinho?

Quem não gosta de um churrasco no final de semana? Refeição favorita dos brasileiros, principalmente nas férias e em dias de sol, o churrasco guarda muitas armadilhas calóricas para quem está fazendo dieta. No entanto, com os cuidados adequados, é possível aproveitar uma refeição saborosa, riquíssima em diversos nutrientes e, o melhor, com poucas gorduras! Confira todas as dicas abaixo:

Cortes magros de carne vermelha 

 O miolo de alcatra é a melhor escolha quando o assunto é um churrasco saudável: Além de saboroso, esse corte é o mais magro.
Porém, pelo fato de terem pouca gordura, essas carnes podem ficar muito secas depois de assadas, mas basta não esquecê-las na churrasqueira. Se você não resistir a carnes mais gordas, como a picanha e o filé mignon, retire a capa de gordura. Também evite a costela suína e bovina, que são bastante gordurosas.

Frango e peixe são opções mais saudáveis

Prefira o frango sem pele, já que ela acumula muitas calorias. O frango é mais saudável que a carne vermelha, mas o peixe ganha de todos. Além de ser mais magro, o peixe é digerido com mais facilidade e é rico em ômega 3, um grande aliado do coração.
A forma mais saborosa de preparar o peixe na brasa é com temperos, como ervas, podendo embalar ou não no papel alumínio. O peixe estará bom quando as escamas estiverem torradas.

Fuja dos embutidos

Alimentos como a linguiça devem ser evitados, pois são ricos em conservantes, sódio e gordura, que provocam retenção de liquido e aumento de peso. O ideal é passar longe desse tipo de alimento: Se não conseguir resistir, não consuma mais do que meia unidade.

Invista nas saladas e frutas

Para acompanhar a carne, nada melhor do que uma porção de salada variada, com folhas como rúcula e agrião, vinagrete, palmito, tomate e diversos outros vegetais. Já as frutas também são muito bem vindas, pois incluem fibras, vitaminas e minerais às refeições.
Alguns desses alimentos podem, inclusive, ser preparados na churrasqueira também. A dica: o abacaxi e a banana assados dão uma ótima sobremesa. A medida é sempre uma rodela fina de abacaxi para ½ banana, que pode, inclusive, ser acompanhada de uma pitada de açúcar e canela - sempre sem exageros.

Carboidratos devem ser consumidos com cuidado

Não adianta se matar na salada e depois comer um monte de pão francês com farofa ou maionese - eles são fontes de carboidrato simples e não contribuem significativamente para a dieta.
Comer uma colher de sopa de farofa ou 1/2 pão francês com uma colher de sopa de pasta de alho feita com maionese 0% colesterol é mais saudável. Mas faça uma escolha só: pão, uma colher cheia de farofa ou uma colher de sopa cheia de arroz.

Atenção ao queijo coalho

Por possuir muitas calorias (103Kcal por unidade) o queijo coalho deve ser consumido em pequenas quantidades. Metade de uma unidade de queijo, acompanhado das carnes e dos acompanhamentos, já é o suficiente para matar a vontade e não interferir na dieta.

Bebidas alcoólicas podem ser consumidas?

As bebidas alcoólicas, além de serem calóricas e facilitarem o acúmulo de gordura, são prejudiciais à saúde quando consumidas em excesso. Modere a quantidade dessas bebidas. Um copo de caipirinha de frutas com açúcar, por exemplo, possui cerca de 300Kcal - o equivalente a duas latas de cerveja (151Kcal cada). Se o drink for feito com o adoçante, a contagem cai para 240Kcal.

Suco ou refrigerante?

Os sucos de frutas podem ser uma alternativa aos alcoólicos, já que possuem menos calorias e são mais saudáveis. Mas cuidado com a fruta usada, já que há opções naturalmente mais calóricas que outras.
Um exemplo é o suco de laranja sem açúcar, que possui 150Kcal, em comparação ao de abacaxi, que tem só 63Kcal. Uma boa alternativa é consumir chá branco, que tem zero calorias.
Já o refrigerante deve ser deixado de lado, pois contribui para a retenção de líquido e possui muito açúcar, sódio e conservantes. Se você não abre mão dele, prefira os zero calorias e apenas um copo de 200 ml.

Prato equilibrado

Abaixo você pode observar três opções de pratos que ficam equilibrados e têm poucas calorias e gorduras. As saladas de folhas verdes sempre devem acompanhar todos os pratos, para que a digestão seja facilitada e a saciedade, maior, sem excessos. As três possibilidades são:

Prato com bebida alcoólica: 1/2 queijo coalho + 1/2 pão com pasta de alho ou 1 colher de farofa + fruta grelhada + carne (100g) + 1 copo de caipirinha = 773Kcal

Prato com Suco: 1/2 queijo coalho + 1/2 pão com pasta de alho ou 1 colher de farofa + fruta grelhada + carne (100g) + suco de abacaxi sem açúcar = 536Kcal

Prato com chá branco: 1/2 queijo coalho + 1/2 pão com pasta de alho ou 1 colher de farofa + fruta grelhada + carne (100g) + chá branco à vontade = 436Kcal.

O churrasco não está proibido, o importante é aprender a comer o que é mais saudável, fazendo pequenos ajustes, todo mundo sai ganhando. 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Seis nutrientes para se livrar da acne

Terror da maioria das pessoas, a acne acontece porque algumas glândulas da pele começam a produzir sebo demais, que obstrui os poros e serve de alimento para bactérias presentes na pele. Isso tudo gera uma inflamação - os famosos cravos e espinhas.

Além de cuidados diários - como limpar a pele do rosto com um sabonete específico para pele oleosa ou acneica, evitar dormir com maquiagem e usar filtro solar oil free todos os dias - a alimentação também influencia o aparecimento ou não da acne. O importante é manter sempre uma alimentação balanceada, já que nutrientes isolados não necessariamente provocam efeitos.

Quais são esses nutrientes?

1- Água

Uma hidratação adequada ajuda a eliminar as toxinas que podem causar problemas de pele. Quanto mais hidratada estiver a pele, mais viçosa e fortalecida ela ficará, e isso impede que a produção de oleosidade fique desequilibrada. A pele desidratada pode ficar manchada e descamada, a recomendação é ingerir cerca de dois litros de água por dia.

2- Vitamina A

Essa vitamina ajuda a pele na medida em que diminui a produção de sebo das glândulas sebáceas, tornando a pele menos oleosa e inibindo a formação da acne. A vitamina A possui substâncias chamadas rodoxinas, que participam ativamente da recomposição celular, além de ter poder antioxidante. Boas fontes desse nutriente são salmão, cenoura, espinafre e brócolis.

3- Zinco
 
Por conta de seu poder anti-inflamatório e antioxidante, esse nutriente atua na pele criando um ambiente inóspito para o crescimento das bactérias causadoras das espinhas, além de ajudar a acalmar uma pele irritada. Porém, essa ação é incerta, mais pesquisas são necessárias para comprovar a eficácia do zinco no controle da acne. O zinco é encontrado em ostras, castanha do Pará e gérmen de trigo.

4- Vitaminas E e C
 
Os antioxidantes dessas vitaminas têm um efeito calmante sobre a pele. A vitamina C fortalece a imunidade do corpo e protege a pele das radiações solares. Ela também tem um efeito anti-inflamatório, que ajuda a cicatrização e prevenção da acne.

A vitamina C participa ativamente da produção do colágeno, uma das principais substâncias de sustentação da pele. É por isso que a deficiência desse nutriente pode levar à acne, assim como o seu consumo regular pode diminuir a incidência.

Já a vitamina E é rica em antioxidantes e atua na regulação hormonal, evitando a acne. Fontes de vitamina C incluem laranjas, limões, mamão e acerola. Você pode obter a vitamina E a partir de batata-doce, nozes, azeite de oliva, sementes de girassol, abacate, brócolis e folhas verdes.
 
 5- Selênio

Ele tem propriedades antioxidantes que ajudam a proteger a pele dos danos dos radicais livres. Pesquisadores de uma Universidade na Suécia analisaram 42 homens e 47 mulheres e verificaram que aqueles que consumiram selênio juntamente com a vitamina E, durante 12 semanas, apresentaram melhorias na pele, principalmente na acne. O selênio não é específico para acne - ele faz bem para a pele como um todo. Alimentos fontes de selênio incluem germén de trigo, atum, salmão, alho, castanha do Brasil, ovos e arroz integral.
 
6- Ômega 3

Esse tipo de gordura combate o envelhecimento e melhora a circulação do organismo. Ao melhorar a circulação, o ômega 3 faz com que nutrientes e oxigênio cheguem mais rápido à pele por meio do sangue. Ele também participa do processo de renovação celular, mantendo a pele sempre nova e limpa.
Você pode obter o ômega 3 ingerindo peixes - como salmão e sardinha - óleo de linhaça, nozes, sementes de girassol e amêndoas.