terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Paisagens feitas de alimentos frescos

O fotógrafo britânico Carl Warner cria paisagens construídas apenas com comida. Acima, pontos turísticos de Londres são recriados com peixes, melancias, abacaxis e laranjas.
Acima, um barco de ervilha navega em um mar de salmão. Batatas formam as pedras e ramos de alecrim, as árvores. A imagem está na mostra 'Comendo com os Olhos' em cartaz no Sesc Santana, em São Paulo.

Os trabalhos de Warner costumam ser comparados aos quadros do pintor italiano Giuseppe Arcimboldo. No século XVI, o artista já criava retratos usando frutas, verduras e flores.

Warner diz que gosta de fugir do abstrato e busca refazer imagens que as pessoas já tenham visto antes. Aqui, ele retrata uma cena bucólica de interior com pães e pedaços de queijo.

Para evitar que os alimentos frescos murchem antes do fim da foto, as imagens são registradas em camadas, começando do primeiro plano para o segundo plano. Na foto acima, uma floresta de brócolis.
 
Para criar profundidade, as fotografias são realizadas sobre mesas de 1,2 metro por 2,4 metros. Acima, árvores, trilhos e trem são feitos de chocolate.
 
As imagens estão reunidas no livro 'Food Landscapes' ('Paisagens de Comida', em português) e algumas delas serão exibidas em São Paulo até 30 de dezembro de 2011. Acima, 'Garlicshire', que remete a paisagens rurais da Grã-Bretanha com alhos substituindo as casas.
 
A imagem acima foi inspirada por um passeio no feira de Portobello, em Londres. Para Warner, os cogumelos vendidos no local pareciam árvores de uma savana africana.
 
Os 'penhascos' da foto foram feitos com pedaços de queijo parmesão e cobertos com batatas. Warner usa o programa de edição de imagens Photoshop apenas para melhorar a qualidade, sem que o programa influencie na composição da cena.
 
Composta basicamente de embutidos, a paisagem remete a uma cena rural na Toscana, Itália. Segundo o fotógrafo, o processo de montagem de cada imagem é lento e pode levar até três dias.

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Lanches de Verão

Chegou mais um verão e com ele os dias de praia. Nas últimas semanas, recebemos alguns e-mails com pedidos de ajuda para merendas e lanches que se possam levar para a praia. Assim, nas próximas linhas, tentarei deixar algumas dicas e truques para preparar refeições saborosas, práticas, equilibradas e que aguentem o calor. Espero que sejam uma boa ajuda!

O primeiro aspecto a ter em consideração quando se fala das merendas, é perceber como e quando vão ser consumidas - meio da manhã, meio da tarde, no escritório, na praia, em casa, na escola... Isto é importante pois ajuda-nos a perceber o que vamos ter à nossa disposição para fazer a merenda e como podemos conservar os alimentos.

Se estiver no escritório, talvez tenha uma pequena geladeira onde possa conservar queijo, manteiga, iogurtes e mesmo fruta. Mas fora de casa (na praia, por exemplo), são precisos cuidados adicionais. Arranje uma pequena caixa ou bolsa térmica (daquelas que conservam o frio por algumas horas) para levar consigo iogurtes, queijo fresco, sanduíches com manteiga ou fiambre, fruta, etc. De uma maneira geral, deve consumir primeiro os alimentos que se deterioram mais rapidamente ou que são mais sensíveis ao calor - por exemplo, na praia, consuma os iogurtes de manhã e guarde a fruta para a tarde. Coma primeiro a sanduíches com queijo fresco e deixe as bolachas secas para a parte da tarde. Se não tiver nenhuma bolsa térmica ou outra forma de conservar os alimentos perecíveis, lembre-se de os consumir nas primeiras 2h após a retirada do frio. Prefira também frutas que aguentem melhor o calor (laranja, maçã, uvas, cerejas) e pode ainda optar por pães, tostas ou bolachas com sementes, frutos secos ou outros ingredientes que acrescentem sabor, para que não seja preciso juntar queijo ou fiambre.
Pessoalmente, acho que vale a pena fazer uma lista dos alimentos que gosta, para depois ver quais pode levar para a praia. Vejamos então alguns exemplos práticos.

Merendas para um dia de praia com bolsa ou caixa térmica:
Manhã - iogurte líquido + bolachas secas (sem cremes, recheios, coberturas)
Hora de almoço - Sanduíches de queijo fresco/carne assada sem molho com ervas aromáticas, folha de alface e rodelas de tomate + porção de fruta cortada em pedacinhos
Tarde - Fruta em peça + torradas secas

Merendas para um dia de praia sem bolsa ou caixa térmica:
Manhã - Pacotinho de leite simples + bolachas secas
Hora de almoço - Pão de azeitonas/Pão de orégano e cebola + um pacotinho de suco de fruta
Tarde - Barra de cereais + punhado de frutas desidratadas (damasco, ameixas, passas) ou uma cenoura descascada para roer.

Dependendo das suas preferências pessoais e disponibilidade, vá variando as combinações de alimentos. É muito importante que estas merendas sejam agradáveis e práticas, caso contrário é mais provável que acabe por passar muitas horas sem comer, ou que recorra a soluções menos equilibradas - snacks, bolos, empanados, etc. Verá que com algum planeamento conseguirá variar as suas escolhas, por isso, habitue-se a antecipar tudo aquilo de que vai necessitar para preparar as suas merendas. É, acima de tudo, uma questão de organização!

Lembre-se ainda da importância de manter um bom estado de hidratação. Beba água várias vezes ao dia, em pequenas quantidades de cada vez, mas de forma regular. Pode complementar o consumo de água com quantidades menores de outras fontes de hidratação:água de coco, sucos de fruta ou leite/iogurte.

E se tiver alguma sugestão de merendas de praia que costume levar consigo, não hesite em partilhá-las conosco! Colocaremos aqui todas as sugestões deixadas pelos nossos leitores!
Bons dias de praia e boas merendas!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Saiba como evitar infecção alimentar no verão

Com a chegada da estação mais quente do ano aumenta a preocupação com a conservação dos alimentos, que tendem a estragar com mais facilidade. Durante o dia a dia, é possível consumir comida contaminada em restaurantes, nas praias ou até mesmo em nossas cozinhas. Por isso, é preciso ficar de olho para evitar as temidas infecções alimentares.

Os alimentos podem ser contaminados em qualquer momento, desde a produção até a chegada ao prato das pessoas. Normalmente, bactérias, toxinas, vírus ou parasitas podem agir durante os processos de manipulação, preparo e estocagem. Porém, também podem se manifestar quando os alimentos envelhecem ou o prazo de validade vence, o que os tornam impróprios para serem ingeridos.

Os principais sintomas da infecção alimentar são diarreias, dores abdominais, vômitos, desidratação e, em alguns casos, febre, que aparecem após um período de incubação que podem durar umas horas ou até vários dias. Mas também podem prevalecer durante um período que varia entre um dia e uma semana. Há também alguns vírus causadores de 'Doenças de Origem Alimentar', que não se multiplicam nos alimentos, por serem específicos para se manifestarem quando em contato com as células humanas. Nestes casos, a destruição destes vírus só ocorre se os alimentos forem devidamente cozidos antes de ingeridos, por isso a importância do preparo.

O botulismo é uma doença paralisante rara, porém grave, causada por uma toxina que afeta os nervos produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Há três tipos principais de botulismo e um deles é o alimentar. Botulismo alimentar é causado pela ingestão de comida que contenha a toxina botulínica. A principal forma de adquirir a doença é através da ingestão de seus esporos, que são encontrados no solo, em produtos agrícolas, como o mel e defumados; e em peixes e outros organismos marinhos. Além disso, alimentos enlatados, em vidros ou embalados a vácuo, conservas e embutidos, também são locais nos quais podem ser encontrados esses esporos, principalmente se preparados em condições de higiene precárias.

Entre os alimentos que oferecem maior risco de causar infecção alimentar estão os ovos - estes quando crus ou mal cozidos podem estar contaminados com a bactéria salmonella - e os mariscos, que alojam parasitas em seu interior. É necessário bastante cuidado ao consumir frutos do mar frescos e crus, pois o risco de contrair uma infecção por alguma bactéria ou vírus é grande. Portanto, prefira mariscos bem preparados e cozidos. O processo de congelamento e aquecimento do alimento na temperatura ideal mata os parasitas.

O tratamento de uma infecção alimentar é realizado com bastante hidratação, seja ela por via oral ou endovenosa, medicamentos para enjôo e algumas vezes antibióticos. Todo o diagnóstico e indicação de tratamento deve ser realizado por um medico, nada de automedicação.

10 dicas sobre cuidados com alimentos
- Sempre consuma ovos cozidos, fritos e com a gema dura, nunca mole;
- Escolha os produtos mais frescos possível, verificando a data de fabricação e validade;
- Não misture alimentos de origens diferentes, como carnes e verduras, em cima da pia;
- Lave as mãos antes de cozinhar e depois de ir ao banheiro;
- Mantenha a cozinha sempre limpa;
- Cozinhe bem os alimentos;
- Em restaurantes, observe com atenção a higiene do local;
- Lave embalagens de refrigerantes ou outras bebidas com água e sabão;
- Guarde os alimentos na geladeira;
- Não deixe a carne crua entrar em contato com a que está cozida ou assada. Além disso, evite comprar em estabelecimento onde carnes cruas e cozidas ficam juntas.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cinco refeições para ter a pele mais bonita

 

O abacaxi tem vitamina C, que atua na formação do colágeno


O damasco tem betacaroteno, que no organismo é transformado em vitamina A


O atum é uma boa fonte de ômega-3


Além de fibras, o espinafre também contém ômega-3


Os iogurtes enriquecidos com bactérias boas melhoram o funcionamento do intestino


Magnésio do feijão ajuda na formação de tecidos do corpo


Uma boa dica é o consumo de alimentos antioxidantes, como as vitaminas A, E e C, que ajudam a combater os radicais livres. Outra recomendação que contribui para manter a pele saudável é variar sempre os itens do cardápio, o que também garante um número maior de vitaminas e outros nutrientes ao organismo.

Com base em uma dieta saudável, veja cinco sugestões de pratos para você preparar em casa e que vão ajudar na saúde da pele:

Café da manhã: uma boa pedida para acompanhar o sanduíche ou a torrada de pão integral é o morango batido com iogurte, principalmente se a bebida contiver probióticos. É que as também chamadas bactérias do bem se alimentam das fibras do morango e tendem a se multiplicar no organismo, melhorando o funcionamento do intestino e, consequentemente, a absorção de nutrientes importantes para a saúde da pele. O morango tem ainda vitamina C, que atua na produção do colágeno, e cianidina – substância que fortalece os tecidos conectivos da pele.

Lanche da manhã: para matar aquela fome que surge no intervalo entre o café da manhã e o almoço, você tem a oportunidade de fazer um lanchinho que faça bem para a pele. Sem exagerar nas quantidades para não ganhar peso, uma mistura de castanhas-do-pará e damasco oferece nutrientes interessantes. O damasco contém betacaroteno, que no organismo é transformado em vitamina A e auxilia na formação e renovação dos tecidos da pele. As castanhas fornecem vitamina E, que protege as células e retarda o seu envelhecimento.

Almoço: uma boa opção é a que combina arroz integral, feijão, carne assada, salada de agrião, tomate e suco de laranja. As fibras e o selênio (presentes no arroz) e o magnésio (encontrado no feijão) são substâncias que ajudam na formação dos tecidos do corpo em geral e da pele. Na carne, o zinco reforça a ação das enzimas que combatem os radicais livres.

O destaque dos antioxidantes fica por conta da salada de agrião (fonte de betacaroteno) e do tomate, que contém licopeno. De acordo com alguns estudos, o licopeno ajuda no rejuvenescimento da pele e na proteção contra a ação negativa do excesso de raios solares.

Lanche da tarde: a torrada integral contém fibras, ajudando a saciar a fome que bate no meio da tarde. Para rechear a torrada, o queijo minas frescal é mais leve do que a manteiga, rica em gordura, ou a geleia, com alta dose de açúcar.
Além disso, o queijo é importante porque oferece vitamina A. Se não quiser ficar com a garganta seca, o suco de abacaxi, além de digestivo, apresenta vitamina C, que também traz benefícios à pele.

Jantar: na última refeição do dia, um dos pratos recomendados é a torta de atum com espinafre, acompanhada de salada de alface e cenoura, brócolis ao alho e limonada. Constitui-se em um prato extremamente benéfico para a saúde da pele. O atum e espinafre são ótimas fontes de ômega-3 e betacaroteno. No caso das saladas, além das fibras do alface, a cenoura é outro alimento rico em betacaroteno.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Os 10 piores alimentos para sua saúde

Nutricionista lista os 10 piores alimentos para sua saúde

Fonte: EcoD
Que atire a primeira pedra quem não se rende a um fast food, salgadinho ou cachorro-quente e depois fica preocupado com as calorias que ingeriu. Mas o que pouca gente sabe é que os perigos desses alimentos vão muito além da questão estética e podem ser um risco para a saúde. Para esclarecer esses problemas, a nutricionista Michelle Schoffro Cook listou os dez piores alimentos de todos os tempos.
10º lugar: Sorvete
Sorvete
Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais sorvetes industrializados, a nutricionista adverte que esse alimento geralmente possui altos níveis de açúcar e gorduras trans, além de corantes e saborizantes artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema nervoso.
9º lugar: Salgadinho de milho

De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos transgênicos a maior parte do milho que comemos é um “Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela aponta que esse alimento por causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso, irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte desses salgadinhos é frita em óleo, que vira ranço e está ligado a processos inflamatórios.
8º lugar: Pizza

Michelle destaca que nem todas as pizzas são ruins para a saúde, mas a maioria das que são vendidas congeladas em supermercados está cheia de condicionadores de massa artificiais e conservantes. Feitas farinha branca, essas pizzas são absorvidas pelo organismo e transformadas em açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.
7º lugar: Batata frita

Batatas fritas contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas a uma longa lista de doenças, como também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançosa na presença do oxigênio ou em altas temperaturas, gerando alimentos que podem causar inflamações no corpo e agravar problemas cardíacos, câncer e artrite.
6 lugar: Salgadinhos de batata

Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não trazerem nenhum benefício nutricional, esses salgadinhos contêm níveis mais altos de acrilamida, que também é cancerígena.
5º lugar: Bacon

Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas, como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade de Columbia descobriu ainda que comer 14 porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão.
4º lugar: Cachorro-quente

Michelle cita um estudo da Universidade do Havaí, que mostrou que o consumo de cachorros-quentes e outras carnes processadas pode aumentar o risco de câncer de pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado tanto no cachorro-quente quanto no bacon é o nitrito de sódio, uma substância cancerígena relacionada a doenças como leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebes. Outros estudos apontam que a substância pode desencadear câncer colorretal.
3º lugar: Donuts (Rosquinhas)

Entre 35% e 40% da composição dos donuts é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que você pode ingerir”, alerta a nutricionista. Essa substância está relacionada a doenças cardíacas e cerebrais, além de câncer. Para completar, esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de massa artificiais e aditivos alimentares, e contém, em média, 300 calorias cada.
2º lugar: Refrigerante

Michelle conta que, de acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, “uma lata de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos”. “Somente isso já deveria fazer você repensar seu consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista.
Além disso, essa bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa para os rins. Para completar, ela informa que os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e doenças cardíacas.
1º lugar: Refrigerante Diet

“Refrigerante Diet é a minha escolha para o Pior Alimento de Todos os Tempos”, diz Michelle. Segundo a nutricionista, além de possuir todos os problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas, epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva, palpitações cardíacas, hiperatividade, insônia, dor nas articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte.
“Os efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de Alzheimer, síndrome de fadiga crônica, epilepsia, vírus de Epstein-Barr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou Gehrig, síndrome de Lyme, doença de Ménière, esclerose múltipla, e pós-pólio. É por isso que eu dou ao Refrigerante Diet o prêmio de Pior Alimento de Todos os Tempos”, conclui.
(EcoD)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O verdadeiro chá

Apesar do uso milenar no oriente, o brasileiro ainda não conhece bem a bebida. A seguir, onze dicas para apreciar melhor o chá.

O chá é ingrediente de uso milenar no oriente. No Brasil, porém, talvez por falta de conhecimento ou hábito, o verdadeiro chá continua sendo pouco conhecido. A passos lentos, é verdade, ele se faz notar especialmente em São Paulo, que tem a numerosa colônia japonesa como aliada na sua divulgação. Lojas modernas despontam na capital da gastronomia no país, resgatando a atmosfera tradicional da bebida, e o uso do chá na cozinha joga luz sobre o apaixonante produto. Por aqui, aliás, até o nome gera confusão: somente a planta Camellia sinensis pode ser chamada de chá – no caso, ela dá origem aos chás verde, branco, preto e oolongo. Bebidas feitas com hortelã, capim cidreira e outras ervas são ótimas infusões - ou seja, a rigor, não são chás.
Algumas informações e curiosidades para ajudar a entender e a apreciar o chá que, além de saboroso, tem uma porção de benefícios para a saúde:

1. A origem do uso do chá data de 2.700 a.C., na China. Foi nessa época que as características medicinais da planta foram descobertas. As folhas eram colhidas das árvores e iam direto para a panela e o resultado, claro, era uma bebida muito amarga. A fim de manter suas propriedades e suavizar o sabor, foram desenvolvidos os primeiros procedimentos para transformar as plantas em chás: secagem, moagem, cozimento.

2. No Brasil, o que muita gente não sabe é que os chás verde, preto, dourado, branco e vermelho são feitos de uma mesma planta, a Camellia sinensis, mencionada antes. O que os diferencia é a maneira como a erva é tratada depois de colhida. Acontece que as folhas entram em um processo de oxidação logo que são tiradas do pé. Esse processo é interrompido em diferentes momentos, dependendo do resultado desejado:
- Chás brancos são feitos do broto da planta, que muitas vezes ficou protegido do sol.
- Nos chás verdes a folha verde tem a oxidação interrompida (por calor, vapor ou cozimento). É muito consumido no Japão e tem conhecida ação antioxidante.
- O chá dourado é semi-oxidado e também conhecido como oolongo.
- Chás vermelhos são totalmente oxidados. Sua coloração é decorrente do local em que a planta foi cultivada. São típicos da China e conhecidos por ativar o metabolismo.
- Chás pretos são totalmente fermentados e comuns na Inglaterra e na Índia. Entre seus benefícios, é dito que fazem bem para a circulação e artérias.

3. Mas e os sabores? Como explicar o gostinho ou o aroma de jasmim ou pêssego que alguns chás têm? eles podem ser aromatizados com flores, frutos e especiarias. As folhas agregam sabor muito rapidamente à receita, e a simples mistura com alguns ingredientes, durante algum tempo, faz com que ela adquira suas notas.

4. Como escolher um entre os mais de 5000 tipos de chás que existem? O importante é que sejam orgânicos, isentos de agrotóxicos. Esses produtos comprometem sua naturalidade. Chás a granel não são melhores do que os práticos saquinhos. O que deve ser observado na hora da compra é a procedência.

5. Para extrair o melhor da erva, alguns cuidados com a temperatura devem ser observados. Jogar o chá na água fervente, por exemplo, não trará resultado satisfatório. O chá preto deve ser feito com água a até 95 graus e ‘descansar’ por 3 a 4 minutos antes de ser servido. O verde e o vermelho aguentam no máximo 85 graus, sendo que o repouso do primeiro é mais rápido: 2 minutos. Por isso, um termômetro culinário é objeto indispensável no kit do apreciador de chá. Na dúvida sobre temperaturas e tempos adequados, vale seguir as indicações de preparo impressas na embalagem do produto – não são todos, mas muitos vêm com instruções.

6. O chá frio tem preparo idêntico ao do servido quentinho. Mas só pode ser resfriado quando estiver em temperatura ambiente.

7. Tomar chá com leite é coisa dos ingleses, que começaram a consumir o produto em substituição ao café. O hábito pegou por causa das propriedades digestivas, perfeitas para aplacar os pratos pesados que consumiam. Logo, o chá foi incorporado no lanchinho da tarde, ao lado de sanduíches, doces, bolos.

8. Até hoje, essa bebida tem importante papel em rituais orientais. No Japão, a cerimônia do chá culmina no preparo de um exemplar verde em pó com água quente, que deve ser compartilhado entre os presentes. Todo o cerimonial tem um significado que sintetiza o estilo de vida zen budista, e somente mulheres com muitos anos de prática conseguem realizá-la.

9. Mesmo sem uma simbologia profunda, alguns chás possibilitam um verdadeiro encanto visual. É o caso dos que são incrementados com uma flor - que pode ser malva, jasmim, lavanda etc - que se abre a olhos vistos. No caso, ela é prensada com o broto do chá branco por fora e é revelada quando a bebida quente entra em contato, na xícara.

10. Agora que você já sabe alguma coisa sobre chá, é hora de lotar a despensa de casa com eles, certo? Errado. Quando guardados em latas ou potes com fechos herméticos, o sabor e o aroma são mantidos por até um ano. Quem preferir as embalagens decoradas de madeira deve notar as recomendações: As cheirosas comprometem o produto. Ingredientes como café, que tem aroma forte e predominante, também não devem dividir o armário com eles.

11. O chá pode ser um ingrediente interessante em comidas, mas seu uso pede cautela. Em doces mais delicados, como musses, se sugere adicionar infusões à receita, no lugar do chá propriamente dito. Quitutes mais doces, como brigadeiros e carolinas, podem ser feitos com o ingrediente em pó. Mas é preciso adicioná-lo com cuidado, pois o efeito é mais potente. 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Os Dez Alimentos Mais Saudáveis do Mundo

O nutricionista e psicólogo americano Jonny Bowden esteve no ano passado no Brasil para lançar o livro "As Refeições mais Saudáveis do Mundo". Com doutorado em nutrição pela Universidade Clayton pela Saúde Natural, ele se dedica há mais de duas décadas à pesquisa dos alimentos e aqui enumera quais são os dez mais saudáveis do mundo e que deveriam fazer parte do nosso cardápio diário.

Sardinha - É rica em proteínas e possui minerais essenciais, como magnésio, ferro e selênio, que têm ação anticancerígena. Esse tipo de peixe também ajuda o organismo a liberar o mercúrio e tem altas concentrações de omega 3, um tipo de gordura "boa", essencial para o funcionamento do cérebro, do coração e para a redução da pressão arterial. As sardinhas são chamadas de "comida saudável em lata" por Bowden, que aconselha que sejam compradas as preservadas no próprio óleo ou em azeite, quando não puderem ser consumidas frescas.

Repolho - As folhas do vegetal contêm grandes concentrações de substâncias antioxidantes e anticancerígenas chamadas de indoles e sulforafanos. Uma pesquisa da Universidade de Stanford, nos EUA, apontou que o sulforafano é a substância química encontrada em plantas que mais eleva o nível de enzimas anticancerígenas no organismo. O repolho roxo é rico em antocianinas, os mesmos pigmentos que fazem a fama da uva e do vinho. Seu grande poder é o de afastar o risco de infarto. O repolho branco, desbotadinho, não contém essas substâncias. O branco contribui com uma pitada a mais de vitamina A, aquela que previne males como a catarata. Homens precisam de 900 microgramas e mulheres, de 700. Aposte no roxo e dê uma força ao sistema imune. Ele contém mais vitamina C. A recomendação diária é de 90 miligramas para homens e 75 para mulheres. O repolho branco tem mais ácido fólico, uma vitamina que ajuda a diminuir o risco do câncer. O selênio, nutriente que ajuda a manter a pele saudável, aparece mais no repolho roxo. A dose diária para homens e mulheres é de 55 microgramas. O repolho branco tem mais potássio, um mineral que fortalece os músculos. A recomendação diária é de 2 mil miligramas por dia para ambos os sexos. O roxo tem o dobro de fósforo, essencial para os ossos. Homens e mulheres precisam de 700 miligramas diários.

Folha de beterraba - Geralmente jogada fora, é rica em vitaminas, minerais e antioxidantes. Contém carotenóides, pigmento natural dos vegetais que ajuda a proteger os olhos contra o envelhecimento. Bowden também afirma que a beterraba em si também é um dos alimentos mais ricos que existem. As folhas podem ser comidas cruas na salada ou refogadas, como espinafre.

Açaí - Em suco ou misturado à comida, como é feito no norte do país, o açaí é uma das frutas com maior concentração de antioxidantes. Também é rica em gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, que são benéficas e auxiliam na redução do colesterol ruim e na prevenção de doenças cardíacas.
1º) O Açaí é um alimento de base importante. A riqueza em LIPÍDIOS dá ao seu suco um valor energético duas vezes superior ao do leite.
2º) Contém elevada quantidade de VITAMINA E, sendo portanto um antioxidante natural, importante na eliminação dos radicais livres.
3º) Tem grande quantidade de fibras, o que favorece o trânsito intestinal.
4º) Tem um teor considerável de PROTEÍNAS.
5º) Os Teores de POTÁSSIO e CÁLCIO são elevados, o que faz do Açaí um alimento bastante completo.
6º) Contém ainda VITAMINA B1 e elevado teor de pigmentos ANTOCIANINAS (cor roxa violeta) que são também ANTIOXIDANTES, favorecendo a melhor circulação do sangue.

Goiaba - Rica em fibras, minerais e vitaminas. Também possui grandes quantidades de licopeno, o mais antioxidante entre todos os carotenóides. O licopeno auxilia na prevenção do câncer de próstata e reduz os riscos de surgimento de catarata e doenças cardiovasculares.
A goiaba tem grande valor nutritivo, principalmente pelo seu alto teor de vitamina C, importante no combate às infecções, hemorragias, fortalecimento dos ossos e dentes, cicatrização de cortes e queimaduras. Possui também vitamina A, boa à vista, conserva a saúde da pele e das mucosas e auxilia no crescimento e, vitamina B1, que ajuda na regularização do sistema nervoso e aparelho digestivo, tonificando, ainda, o músculo cardíaco.
Contém também sais minerais como Cálcio, Fósforo e Ferro que contribuem para a formação dos ossos, dentes e sangue.

Cereja fresca - Tem altas concentrações de antocianina, um antiinflamatório natural. Deve ser comida ao natural ou misturada com iogurte ou vitaminas. Existem muitas variedades da fruta, todas contendo vitamina A, cálcio e fósforo. Ao natural a cereja tem propriedades refrescantes, diuréticas e laxativas. É alcalinizante, remineralizante, combate a desinteria, e eficaz contra a arteriosclerose.

Chocolate meio-amargo - Rico em flavanóides, que diminuem a pressão sangüínea e promovem o bom funcionamento do sistema circulatório, tem altas concentrações de magnésio, um mineral importante para mais de 300 processos biológicos do organismo. O chocolate meio amargo aumenta os níveis de antioxidantes no sangue, capazes de proteger o corpo de doenças cardíacas e até câncer. Segundo os estudiosos a ação benéfica vem de compostos chamados flavonóides presentes no cacau, principal ingrediente do chocolate. Acredita-se que os flavonóides aumentam a produção de óxido nítrico, substância que relaxa e dilata as artérias.

Frutas oleaginosas - São as castanhas, as nozes e as amêndoas. Bowden afirma que todas trazem inúmeros benefícios, apesar do elevado teor calórico. Possuem muitos minerais, proteínas e altos níveis de Omega 3 e Omega 9. As frutas oleaginosas – nozes, avelãs, amêndoas, castanha do Pará, entre outros – estão sendo cada vez mais valorizadas pelo seu papel de nutrir e prevenir doenças com as cardiovasculares. Na sua composição há um tipo de gordura saudável, as do tipo insaturadas como ácidos graxos monoinsaturadas e poliinsaturadas que são responsáveis pelos efeitos benéficos desses alimentos como diminuição do LDL- colesterol (colesterol ruim) e pelo aumento do HDL-colesterol (colesterol bom), prevenindo, assim, doenças cardiovasculares. O LDL-colesterol aumentado no sangue provoca um aumento na deposição de placas de gordura nas artérias, impedindo a passagem do fluxo sanguíneo. É claro que o segredo está na quantidade, já que a amêndoa, como todas as outras frutas oleaginosas são ricas em calorias. Uma quantidade equivalente a 85g por dia é suficiente para a realização desses efeitos e para não prejudicar o emagrecimento, se bem adequada a um plano alimentar específico.

Canela - Ajuda a controlar o nível de açúcar e de colesterol no sangue, o que previne o risco de doenças cardíacas. Composição Química: acetato de eugenol, ácido cinâmico, açúcares, aldeído benzênico, aldeído cinâmico, aldeído cumínico, benzonato de benzil, cimeno, cineol, elegeno, eugenol, felandreno, furol, goma, linalol, metilacetona, mucilagem, oxalato de cálcio, pineno, resina, sacarose, tanino e vanilina. Partes Usadas: Óleo essencial e casca desidratada.
Propriedades Medicinais: Adstringente, afrodisíaca, anti-séptica, aperiente, aromática, carminativa, digestiva, estimulante, hipertensora, sedativa, tônica e vasodilatadora.

Semente de abóbora - É uma grande fonte de magnésio. Esse mineral é tão importante, explica Bowden, que estudiosos franceses concluíram que homens com altas taxas de magnésio no sangue têm 40% menos chances de sofrer uma morte prematura do que aqueles com baixos índices.  As sementes são retiradas dos frutos completamente maduros e postas para secar rapidamente ao sol. Contém de 44 a 50% de fração oleosa (rica em ácidos graxos mono e poliinsaturados), elevado teor de fibras (23-27%) em relação às demais sementes, albuminas (proteínas – 37-40%), a cucurbitacina (um glicosídeo resinoso), sais minerais, especialmente zinco, magnésio e potássio, vitaminas do complexo B, sais do ácido fólico (folatos) e outras substâncias ainda desconhecidas. Rica em ácidos graxos monoinsaturados, pesquisas têm comprovado que o óleo contido nas sementes de abóbora apresenta resultados benéficos no tratamento de problemas da vesícula (congestão e cálculos) e próstata (hiperplasia).






 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Os Sucos e seus Nutrientes


Suco de Laranja

O consumo de suco de laranja aumenta a quantidade de substâncias no organismo que auxiliam na proteção de doenças cardiovasculares. Mas não adianta consumir litros de suco de uma única vez: o ideal é manter o consumo regular de pelo menos um copo por dia.
Vale lembrar que o suco de laranja feito na centrífuga é mais benéfico que o produzido pelo espremedor, em função da pele branca da fruta, que contém a maior parte do seu valor alimentício. Esse delicioso suco é rico em vitamina C, complexo B, bioflavonóides, potássio, zinco, fósforo e glicose natural. Além disso, é conhecido como um potente antioxidante e renovador da energia celular.

Suco de Abacaxi

O suco de abacaxi é uma fantástica fonte de sais minerais (potássio, sódio, fósforo, magnésio, enxofre, cálcio e ferro). O suco é rico em vitaminas (A, complexo B e C). Além disso, contém a bromelina, enzima que ajuda a digestão.
Para fazer o suco do abacaxi, lave-o bem, esfregando-o com uma escova e enxágüe com bastante água corrente. Utilize o centro duro e a casca para aproveitar os nutrientes ao máximo.

 

Suco de Limão

O suco de limão é rico em bioflavonóides e desempenha um papel importante como liberador de toxinas no organismo. O alto teor cítrico permite que o limão tenha uma função de “detergente do estômago”, além de possuir vitaminas e minerais, tais como a vitamina C, complexo B e sais minerais (fósforo, cálcio e ferro).

 

Suco de Maçã

O suco de maçã é famoso pelo seu poder de rejuvenescimento. Além disso, o suco contém excelentes fontes de pectina — que forma o gel que remove as toxinas do organismo — e, ao mesmo tempo, estimula os movimentos peristálticos dos intestinos e a evacuação. O potássio e o cálcio existentes na maçã ajudam no funcionamento dos rins e controlam os distúrbios digestivos. É bom comer maçã, e melhor ainda é tomar suco de maçã.

 

Suco de Melancia

A vantagem de se fazer suco de melancia é que podemos aproveitar a sua casca (a parte verde e branca). Ela é extremamente nutritiva, e contém vitamina A, potássio e zinco. O suco de melancia, por ser muito diurético, fortalece o organismo, limpa os canais urogenitais, rins e bexiga.
As vantagens do suco tornam-se ainda mais admiráveis pelo fato de a casca liberar uma substância que limpa as impurezas do corpo, permitindo maior oxigenação das células. A polpa vermelha e doce proporciona muitos sais minerais e fibras, além de hidratar o organismo.

 

Suco de Morango

O suco de morango é uma incrível fonte de vitaminas e açúcares naturais que limpam o organismo. Ele é rico em potássio e ferro, que são bons para o fortalecimento do sangue. O sódio contido no suco é um excelente tônico para os nervos e mantém as glândulas saudáveis.
Tomar suco de morango é um modo sensacional de aproveitar todos os benefícios dessa fruta. Como o suco é bastante denso, pode-se misturar água ou outro suco, por exemplo, uva ou abacaxi.

 

Suco de Pêra

O suco da pêra tem muita vitamina B1 (tiamina, importante parte do complexo B), que contribui para a saúde do coração e para um alto nível de energia. Além disso, contém boa dose de vitamina C e sais minerais, como fósforo, potássio e cálcio. Ainda mais que a maçã, a pêra é excelente fonte de pectina, que ajuda na digestão e na limpeza das toxinas do organismo.
Esse suco deve ser feito na centrífuga. Como é denso e doce, o suco da pêra pode ser diluído com outro, geralmente o de maçã.

 

Suco de Uva

O suco de uva é rico em potássio, um sal mineral que reforça as reservas alcalinas do corpo, ao mesmo tempo que estimula o funcionamento dos rins e regula os batimentos cardíacos. Ele é também fonte de ferro, que constrói a hemoglobina do sangue. Estimula a digestão, a ação intestinal, limpa o fígado e elimina o ácido úrico do organismo. Além disso, acalma o sistema nervoso. Se o suco de uva ficar muito doce, adicione um pouco de limão.


Ceia de Natal saudável

 Abaixo você encontrará os alimentos mais famosos da ceia de natal. Aproveite as dicas e prepare uma ceia saudável.

Presunto

Esse alimento é uma ótima fonte de proteínas, que são responsáveis pela formação e construção dos tecidos. Além disso, ele tem significativa quantidade de potássio, mineral que colabora para as contrações musculares, e de cálcio, essencial para o bem estar de ossos e dentes.
Apesar disso, os hipertensos têm que ficar longe dessa carne, pois ela é bastante salgada devido a sua grande quantidade de sódio. Também quem tem problemas de colesterol deve prestar atenção à quantidade de presunto que ingere.

 

Chester

O chester é uma carne magra rica em proteínas, que são responsáveis pela formação e construção dos tecidos. Cada 100 gramas desse alimento têm em média 17 gramas de proteína, um grama de carboidrato, 11 gramas de gorduras totais e 166 quilocalorias.


Pernil de porco

O pernil de porco é uma ótima fonte de minerais e de proteínas, que são responsáveis pela formação e construção dos tecidos, nele são encontradas cerca de 25 gramas de proteína a cada 100 gramas de carne. A pesar disso, ele é bastante calórico, cerca de 339kcal a cada 100g e possui quantidades significativas de gordura, sendo que boa parte dela é saturada.
Na hora de fazer compras é importante dar preferência ao pernil que tenha sido abatido com menos idade. Quanto mais novo o porco, menos quantidade de gordura ele tem. Além disso, pessoas com problemas de colesterol alto devem evitá-lo, pois a cada 100 gramas de pernil de porco que se come se está ingerindo 102mg de colesterol.

 

Peru

O peru é considerado uma carne magra, uma ótima fonte de proteínas, substâncias responsáveis pela formação e construção dos tecidos, e vitaminas do complexo B, que ajudam a manter a saúde dos nervos, pele, olhos, cabelos, fígado e boca. Apesar disso, como qualquer outra carne, não deve ser ingerido em excesso. A ingestão de carnes deve ser feita com moderação, mesmo elas sendo magras, como o peru e o chester.
Quando o peru é ingerido sem pele, 100 gramas desse alimento têm cerca de 110 calorias e 2,2 gramas de gorduras, sendo que 0,7 gramas dessa gordura é saturada. Quando ele é consumido com a pele, são ingeridas 145 calorias e 6,9 gramas de gorduras, sendo que 2,2 gramas são saturadas.

Todos os tipos de carnes são repletos de proteínas, substâncias responsáveis pela formação e construção dos tecidos. Apesar disso, elas devem ser ingeridas com cuidado, principalmente em refeições como a ceia de Natal em que o excesso de comida pode dificultar a digestão. Além disso, é sempre bom deixar um pouco do apetite para curtir os saborosos tipos de acompanhamentos.

Amêndoa

AmêndoasA amêndoa possui uma grande quantidade de gordura polinsaturada, cerca de 50% do seu peso, o que faz dela um alimento muito calórico, cerca de 600kcal a cada 100 gramas. Por isso, para quem quer manter o peso durante as festas de fim de ano, ela não é a melhor opção. No entanto, quem estiver seguro com a cintura pode usufruir das suas qualidades, pois ela fornece uma boa quantidade de Cálcio 266 (mg/100g), que protege os ossos e os dentes, e Ferro ( 4,0 g/100g), que previne a anemia e outras doenças.

Castanha

CastanhasA castanha é um alimento muito nutritivo e uma ótima opção para quem quer uma alternativa menos calórica para as nozes, pois ela possui 574 kcal a cada 100 gramas.
Além disso, a castanha fresca é uma boa fonte de vitamina C, de Piridoxina (B6), que contribui para evitar diversas perturbações nervosas e da pele, de potássio, fundamental para manter os fluidos corporais, de tiamina, importante para o bom funcionamento do sistema nervoso, dos músculos e do coração, e de fósforo, que integra a estrutura dos ossos e dentes, atua na contração muscular, entre outras coisas.

 

Noz

NozA noz é um alimento contra-indicado para quem quer emagrecer, pois é muito calórico, cerca de 660 kcal a cada 100 gramas. Apesar disso, é rico em vitamina E, magnésio, fósforo, zinco, niacina e outras vitaminas do complexo B, que ajudam a manter a saúde dos nervos, pele, olhos, cabelos, fígado e boca, assim como a tonicidade muscular do aparelho gastrintestinal.
Além disso, a noz tem altas doses de ácido alfa-linolênico, uma classe de ácidos graxos que podem prevenir batimentos cardíacos anormais e tem demonstrado minimizar o risco de morte súbita cardíaca entre pessoas que já sofreram um ataque cardíaco.

 

Avelã

AvelãAs avelãs, como a maioria das frutas oleaginosas, é muito calórica, cerca de 634kcal a cada 100 gramas. Apesar disso, ela é rica em vitamina E, poderoso antioxidante, cálcio, muito importante para os ossos e os dentes, e em potássio, um mineral essencial para nosso organismo, pois ajuda a controlar os batimentos cardíacos e manter a integridade das células em geral.


Aperitivos

Na hora dos aperitivos o melhor mesmo é consumir uvas, damascos secos, ameixa, tâmara e outras frutas. Fuja da rabanada, que é extremamente calórica, e do bolinho de bacalhau, que apesar de ser feito de peixe, é frito, e por isso tem uma grande quantidade de gordura saturada. Se você não estiver muito preocupado com a balança, coma nozes, avelãs e outros tipos de frutas oleaginosas, que apesar de engordarem fazem muito bem para saúde.

 

Sobremesa

O panetone é uma opção bem natalina e traz alguns benefícios, pois possui frutas secas que são fonte de nutrientes, mas não se pode exagerar, pois sua massa é bastante gordurosa. É importante evitar aqueles panetones em que as frutas são substituídas por chocolate, pois esses são muito mais calóricos e não tem um valor nutricional significativo. Sempre prefira as frutas, além de ofertar diversos nutrientes, essa época do ano geralmente é muito quente, e as frutas são uma boa opçao ao calor.

 


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Saiba como organizar os alimentos na geladeira

GAVETA SUPERIOR

Nunca lave a carne antes de guardá-la. E não confie nos seus olhos. Nem sempre alteração de cor indica contaminação: a carne na geladeira fica mais escura por falta de oxigênio. Por outro lado, um filé contaminado pela bactéria Escherichia coli tem aparência normal.



1ª PRATELEIRA

Não guarde o iogurte com a colher que você usou, ou as bactérias da sua boca farão a festa. Ovos não vão na porta, para evitar a variação térmica. Não lave-os antes de guardar, pois a água pode retirar a proteção natural presente na casca, lave-os sim antes do preparo. Sobras devem ser tampadas só depois de esfriar a fim de evitar contaminação.



2ª PRATELEIRA

Latas podem sofrer contaminação nos supermercados e oxidar, por isso, coloque os enlatados em potes. Molho de tomate é muito perecível e deve ser consumido de uma só vez ou congelado - não deixe restos na geladeira. Não guarde o leite por muito tempo, pois ele absorve o cheiro dos outros alimentos.



GAVETA

Lave as folhas em água corrente e descarte as estragadas. Os vegetais e hortaliças devem ser guardados em sacos próprios para acondicionamento ou recipientes forrados com papel-toalha. Para evitar que murchem faça furinhos espalhados no saco plástico.



PORTA DA GELADEIRA

Lugar de vinagre é na geladeira. Em temperatura ambiente, ele pode sofrer contaminação de bactérias. Água vai num recipiente fechado e de vidro. Não guarde os ovos na porta da geladeira, acomode-os na prateleira.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O que é Diabetes e quais os tipos?


O Diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.

Tipo 1: causado pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a esse hormônio. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.

Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina. Ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.
 
 
Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.

Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística etc.); defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos etc.).

 

Principais sintomas do diabetes tipo 1

  • vontade de urinar diversas vezes
  • fome freqüente
  • sede constante
  • perda de peso
  • fraqueza
  • fadiga
  • nervosismo
  • mudanças de humor
  • náusea e vômito.

Principais sintomas do diabetes tipo 2:

  • infecções freqüentes
  • alteração visual (visão embaçada)
  • dificuldade na cicatrização de feridas
  • formigamento nos pés e furúnculos.


O tratamento é baseado em cinco conceitos:
  • Conscientização e educação do paciente, sem a qual não existe aderência.
  • Alimentação e dieta adequada para cada tipo de diabetes e para o perfil do paciente.
  • Vida ativa, mais do que simplesmente exercícios.
  • Medicamentos:
    • Hipoglicemiantes orais
    • Insulina
  • Monitoração dos níveis de glicose e hemoglobina glicada

 Fonte : - Sociedade Brasileira do Diabetes - SBD e Internacional Diabetes Federation - IDF. 2006.
Glicemia (tempo) Valores de referência
mg%
Pré-diabetes
mg%
Diabetes Mellitus
mg%
DM gestacional
mg%
Jejum de 12h 70 a 99 100 a 125 maior ou igual a 126 maior ou igual a 126
2h após 75g de glicose por via oral menor que 140 140 a 199 maior ou igual a 200 maior ou igual a 140


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cãibra, e agora?

Apesar de existirem muitas causas para cãibras musculares, grandes perdas de sódio e líquidos costumam ser fatores essenciais que predispõem pilotos a cãibras musculares. O sódio é um mineral importante na iniciação dos sinais dos nervos e ações que levam ao movimento nos músculos. Por isso, um déficit desse elemento e de líquidos pode tornar os músculos sensíveis. Sob tais condições, uma leve tensão e um movimento subseqüente podem fazer o músculo se contrair e se contorcer incontrolavelmente.

Dada a popularidade de dietas com pouco sódio, um déficit de sódio não está fora de questão quando umindivíduo está suando em taxas altas, particularmente nos meses quentes do ano. Lanches salgados ou um pouco mais de sal vão ajudar a repor o mineral. Consumir isotônicos que contêm uma quantidade adequada de sódio também é uma maneira sutil de repor o mesmo.

A maioria contém por exemplo, 90 mg de sódio por 200 ml, a mesma quantidade de sódio de um copo de leite ou fatia de pão. Esta é uma quantidade que ajuda a repor o mineral perdido e ainda atende aos padrões da FDA – Food and Drug Administration, dos Estados Unidos, para alimentos com baixo teor de sódio.

As quantidades de potássio, cálcio e magnésio no suor são baixas se comparadas com as de sódio e cloreto. Além disso, potássio, magnésio e cálcio são facilmente repostos com dieta. Consequentemente, um déficit desses minerais é raro.

Mas atenção, a falta de cálcio têm sido apresentada como um dos fatores importantes para o aparecimento de cãibras. Assim como o sódio, ele tem papel decisivo na contração muscular e sua falta pode prejudicar todo o mecanismo, gerando contrações involuntárias.

Qualquer que seja o motivo causador das cãibras, elas são doloridas, podem prejudicar a performance e até levar a lesões mais graves como estiramentos. Portanto, o ideal é tentar evitá-las. Para isso, aqui vão algumas dicas:

- Beba muito líquido antes, durante e depois do exercício.

- Consuma bebidas isotônicas após treinos longos e cansativos para garantir a reposição dos minerais perdidos no suor.

- Consuma frutas e verduras variadas durante o dia. Somente com a ingestão de vitaminas e minerais garante o equilíbrio dessas substâncias no organismo.

- Não esqueça de alongar-se adequadamente após os treinos.

- Descanse o tempo suficiente depois de um treino forte.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O que tem na cerveja???

A cerveja é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada, e acredita-se que tenha sido uma das primeiras bebidas alcoólicas a serem desenvolvidas pelo ser humano.
Via de regra, as cervejas são feitas com água, cevada maltada e lúpulo, fermentados por levedura. A adição de outros condimentos ou fontes de açúcar não é incomum.
A cerveja é resultado da fermentação alcoólica preparada de mosto de algum cereal maltado, sendo o melhor e mais popular a cevada.
A água corresponde a aproximadamente 90% na composição da cerveja. Mas não importa de qual localidade ela venha, pois a água utilizada nas atuais cervejarias passa por um processo de “preparação”, que a transforma em água cervejeira. Essa tecnologia, aliada a rígidos controles de qualidade, fazem com que o líquido usado em qualquer fábrica seja igual. Antigamente, a origem dessa água e as suas características tinham um efeito importante na qualidade da cerveja, influenciando, por exemplo, o seu sabor. Muitos estilos de cerveja foram influenciados ou até mesmo determinados pelas características da água da região.
Dentre os maltes, o de cevada é o mais frequente e largamente usado devido ao seu alto conteúdo de enzimas, mas outros cereais maltados ou não maltados são igualmente usados, inclusive: trigo, arroz, milho, aveia e centeio.
A introdução do lúpulo foi relativamente recente na sua composição. Acredita-se que tenha sido introduzido apenas há umas poucas centenas de anos atrás. Usa-se a flor do lúpulo para acrescentar um gosto amargo que equilibra a doçura do malte e possui um efeito antibiótico moderado que favorece a atividade da levedura de cerveja em relação a organismos menos desejados durante a fermentação como os frequentemente encontrados em corpos em decomposição ou fezes de animais. As leveduras, nesse processo, metabolizam os açúcares extraídos dos cereais, produzindo muitos compostos, incluindo o álcool e dióxido de carbono. Dezenas de estirpes de fermentos naturais ou cultivados são usados pelos cervejeiros, sendo, de um modo geral, sortidos por três gêneros: ale ou de fermentação alta, lager ou de baixa fermentação, e leveduras selvagens.
As cervejas costumam ter entre 4 a 5% de teor alcoólico, ainda que este possa variar consideravelmente conforme o estilo e o cervejeiro. De fato, existem cervejas com teores alcoólicos desde 2% até mais de 20%.
Uma latinha tem em média 150 kcal.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O que é Alergia Alimentar?

A Alergia Alimentar é uma reação adversa a determinado alimento. Envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrointestinal e respiratório. As reações podem ser leves com simples coceira nos lábios até reações graves que podem comprometer vários órgãos. A Alergia Alimentar resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos.

O que é Reação Adversa a Alimentos?
É qualquer reação indesejável que ocorre após ingestão de alimentos ou aditivos alimentares. Estas podem ser classificadas em reações tóxicas e não-tóxicas. As reações não-tóxicas podem ser de Intolerância ou Hipersensibilidade.
Exemplo de reação não-alérgica são as reações por ingestão de alimentos contaminados por microorganismos. Estas se apresentam agudamente com febre, vômitos, diarréia e geralmente acometem várias pessoas que ingeriram os alimentos contaminados.

A Intolerância à Lactose é uma reação alérgica?
A intolerância à lactose é uma desordem metabólica onde a ausência da enzima lactase no intestino determina uma incapacidade na digestão de lactose (açúcar do leite) que pode resultar em sintomas intestinais como distensão abdominal e diarréia. Esta intolerância geralmente é dose dependente e o indivíduo pode tolerar pequenos volumes de leite por dia ou se beneficiar dos leites industrializados com baixos teores de lactose. Portanto, a Intolerância à Lactose não é uma Alergia Alimentar apesar de frequentemente confundida pelos familiares e profissionais de saúde. Torna-se importante esta diferenciação, pois a orientação nutricional é distinta. Enquanto na intolerância à lactose, eventualmente, é possível ingerir pequenas quantidades de leite, na Alergia às proteínas do leite, a alimentação não deve conter leite ou derivados.

Quais os fatores envolvidos na Alergia Alimentar?
A predisposição genética, a potência antigênica de alguns alimentos e alterações a nível do intestino parecem ter importante papel. Existem mecanismos de defesa principalmente a nível do trato gastrintestinal que impedem a penetração do alérgeno alimentar e conseqüente sensibilização. Estudos indicam que de 50 a 70% dos pacientes com Alergia Alimentar possuem história familiar de alergia. Se o pai e a mãe apresentam alergia, a probabilidade de terem filhos alérgicos é de 75%.

Quais os alimentos mais frequentemente envolvidos na Alergia Alimentar? 
Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica. No entanto, leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe e crustáceos são os mais envolvidos. A sensibilização a estes alimentos (formação de anticorpos IgE) depende dos hábitos alimentares da população. O amendoim, os crustáceos, o leite de vaca e as nozes são os alimentos que com maior freqüência provocam reações graves (anafiláticas).
Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo individuo. O paciente alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Da mesma forma, pacientes alérgicos ao amendoim podem também apresentar reação ao ingerir a soja, ervilha ou outros feijões.

E quanto aos corantes e aditivos alimentares? 
As reações adversas aos conservantes, corantes e aditivos alimentares são raras, mas não devem ser menosprezadas. O corante artificial tartrazina (FD&C amarelo#5), sulfitos e glutamato monossódico são relatados como causadores de reações. A tartrazina pode ser encontrada nos sucos artificiais, gelatinas e balas coloridas enquanto o glutamato monossódico pode estar presente nos alimentos salgados como temperos (caldos de carne ou galinha). Os sulfitos são usados como conservantes em alimentos (frutas desidratadas, vinhos, sucos industrializados) e medicamentos tem sido relacionados a crises de asma em indivíduos sensíveis.

Quais as principais manifestações clínicas da Alergia Alimentar? 
São mais comuns as reações que envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira, eczema), o aparelho gastrintestinal (diarréia, dor abdominal, vômitos) e o sistema respiratório, como tosse, rouquidão e chiado no peito. Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente (Reação Anafilática), também podem ocorrer.
Nas crianças pequenas, pode ocorrer perda de sangue nas fezes, o que vai ocasionar anemia e retardo no crescimento. Sintomas nasais isolados não são comuns.

O que é Reação Anafilática?
É uma reação súbita, grave que impõe socorro imediato por ser potencialmente fatal. A Reação Anafilática pode ser provocada por medicamentos, venenos de insetos e alimentos. Na Alergia Alimentar, o alimento induz a liberação maciça de substâncias químicas que vai determinar um quadro grave de resposta sistêmica associado à coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular ("choque anafilático").

O exercício físico pode provocar reação anafilática? 
Exercício físico pode provocar reação anafilática muito raramente. Associação de ingestão de alimento e exercício físico extenuante também tem sido observada.

O que é Síndrome de Alergia Oral?
É uma manifestação de Alergia Alimentar que ocorre após contato de determinados alimentos com a mucosa oral. As manifestações ocorrem imediatamente após contato do alimento com a mucosa da boca, ocasionando coceira e inchaço nos lábios, palato e faringe. O edema de glote não é freqüente. Ocorre principalmente em pacientes com alergia aos pólens e os alimentos mais frequentemente envolvidos são: melão, melancia, banana, maçã, pêssego, cereja, batata, cenoura, ameixa, amêndoa, avelã e aipo.

Como fazer o diagnóstico de Alergia Alimentar?
O diagnóstico depende de história clínica minuciosa associada a dados de exame físico que podem ser complementados por testes alérgicos.
Na história clínica, é fundamental que o paciente ou seus pais, no caso das crianças, auxilie fornecendo detalhes sobre os alimentos ingeridos rotineiramente ou eventuais. Em algumas situações é possível correlacionar o surgimento dos sintomas com a ingestão de determinado alimento. Em outras ocasiões o quadro não é tão evidente, necessitando de história mais detalhada. Isso ocorre principalmente quando as reações ocorrem horas após a ingestão do alérgeno.
A Alergia Alimentar ocorre mais frequentemente nas crianças pequenas onde o leite de vaca e o ovo são os alimentos mais comuns. Apesar de muitas vezes incriminado (pelos pais e avós) como causa de Alergia Alimentar, o chocolate raramente causa alergia. Nestes casos, se torna necessário pesquisar alergia às proteínas do leite de vaca ou da soja, usadas em sua fabricação. Nos adultos, o camarão é queixa freqüente em nosso meio.

Qual a importância da Alergia Alimentar na Dermatite Atópica?
Segundo alguns autores, a Alergia Alimentar está presente em 38% das crianças com Dermatite Atópica moderada/grave.
A Dermatite Atópica se apresenta com um quadro de coceira de intensidade moderada a grave, irritabilidade, escoriações provocadas pelo ato de coçar a pele, ressecamento generalizado da pele e eczema simétrico nas dobras dos cotovelos e joelhos, pescoço, face e superfície extensora dos braços e pernas. Os alimentos mais envolvidos são o leite de vaca, ovo, soja, trigo.

O que é o teste alérgico?
É um método diagnóstico seguro e geralmente indolor. Deve ser realizado pelo médico especialista que após história clínica e exame físico, determinará quais substâncias podem ter importância no quadro clínico e, portanto, deverão ser avaliadas. O desconforto pode ocorrer pelo prurido (coceira) localizado à área do teste, no caso da reação positiva.
Na maioria das vezes é realizado no antebraço após higiene local com algodão e álcool. O resultado é obtido em 15 a 20 minutos e a reação positiva consiste na formação de uma pápula vermelha, semelhante à uma picada de mosquito. Esta reação indica presença de IgE específica ao alimento testado. Algumas vezes torna-se necessário realizar o teste com o próprio alimento in natura .
Em algumas situações, o teste cutâneo deve ser substituído pela dosagem de IgE específica no sangue. São elas: necessidade de uso diário de anti-histamínicos (antialérgicos), não disponibilidade de material para teste, presença de eczema severo ou história sugestiva de reação intensa (reação anafilática) a determinado alimento. Muitas vezes o alergista realiza as duas formas de avaliação para ter maior segurança no diagnóstico.

Como tratar a Alergia Alimentar?
Até o momento, não existe um medicamento específico para prevenir a Alergia Alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas (crise) sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante. As orientações devem ser fornecidas por escrito visando a substituição do alimento excluído e evitando-se deficiências nutricionais até quadros de desnutrição importante principalmente nas crianças. O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeou a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga, soro, lactoalbumina ou caseinato apontam para a presença de leite de vaca. Todas as orientações devem ser fornecidas aos pacientes e familiares.

O que fazer caso venha ocorrer a ingestão acidental do alimento?
A exclusão de um determinado alimento não é tarefa fácil e a exposição acidental ocorre com certa freqüência. Os indivíduos com Alergia Alimentar grave (reação anafilática) devem portar braceletes ou cartões que os identifiquem, para que cuidados médicos sejam imediatamente tomadas. As reações leves desaparecem espontaneamente ou respondem aos anti-histamínicos (antialérgicos). Pacientes com história de reações graves devem ser orientados a portar medicamentos específicos (adrenalina), mas torna-se obrigatório uma avaliação em serviço de emergência para tratamento adequado e observação, pois em alguns casos pode ocorrer uma segunda reação, tardia, horas após.

O paciente que apresenta reação a determinado alimento poderá um dia voltar a ingeri-lo?  
Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos (ovos, leite de vaca, trigo e soja) que lhes provoca alergia alimentar entre os 3-5 anos de idade. O teste cutâneo permanece positivo apesar do aparecimento da tolerância ao alimento. A sensibilidade ao amendoim, nozes, peixe e camarão raramente desaparece.
Em alguns casos, principalmente nas crianças, a exclusão rigorosa do alimento parece promover a diminuição da alergia. O alimento deve permanecer suspenso por aproximadamente 6 meses. Após este período o médico especialista poderá recomendar uma reintrodução do alimento e observar os sintomas. Se o indivíduo permanecer assintomático e conseguir ingerir o alimento, o mesmo pode ser liberado. Caso ocorra qualquer sintoma, a dieta de eliminação deve ser mantida. A presença de reação alérgica grave, como a anafilaxia ao amendoim, contra-indica esta reintrodução. Nos pacientes altamente sensibilizados, a presença de quantidades mínimas do alimento pode desencadear reação de extrema gravidade.

Existe algum meio de prevenir a Alergia Alimentar? 
Algumas orientações devem ser dadas aos recém-nascidos de pais ou irmãos atópicos. O estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida é fundamental assim como a introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia. Recomenda-se a introdução dos alimentos sólidos após o 6º mês, o leite de vaca após 1 ano de idade, ovos aos 2 anos e amendoim, nozes e peixe, somente após o 3º ano de vida.


Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia - 2011